O filme se inicia com o protagonista Guillaume no camarim, frente ao espelho, maquiado, o que sugere tratar-se de um ator, vemos uma situação de encenação onde se apresenta o duplo, o personagem e seu reflexo, prenunciando a história que estará por vir, de um homem que passou uma vida tentando elaborar sua relação edípica com os pais.
Aos poucos, por meio da narrativa do protagonista, vamos tomando contato com a dinâmica familiar. Uma família de classe média alta, com três filhos, sendo Guillaume, o mais novo, que parece alguém sempre fora de lugar, desajeitado, inseguro, ansioso.
Ele tenta se inserir no contexto familiar a partir do desejo da mãe enunciado por ela quando já no início do filme convoca: “Guillaume e os meninos à mesa!”.
Uma fala problemática que marca a posição do personagem na família, o olhar da mãe para o filho, que o coloca numa posição ambígua, feminina, na qual parece se revelar o desejo materno de ter tido uma filha e a fantasia de que Guillaume possa suprir essa demanda, agindo como uma menina, ou se identificando plenamente com a mãe em todos os aspectos.
O filme retrata todo o processo de identificação vivido pelo personagem até chegar ao reconhecimento de seu próprio desejo.
- A identificação de Guillaume com a figura materna
A identificação, na verdade, é ambivalente desde o início; pode tornar-se expressão de ternura com tanta facilidade quanto um desejo de afastamento de alguém. (Freud, 1920)
O filme gira em torno dessa relação de ‘identificação’ do filho com a mãe (mecanismo psíquico baseado no desejo de colocar-se na mesma situação do outro), que faz com que Guillaume queira transformar-se nela, agindo e se comportando como seu duplo. Nesse caso, a identificação aparece no lugar da escolha do objeto.
E como nos diz Freud (1920):
Já aprendemos que a identificação constitui a forma mais primitiva e original do laço emocional; frequentemente acontece que sob as condições em que os sintomas são construídos, ou seja, onde há repressão e os mecanismos do inconsciente são dominantes, a escolha de objeto retroaja para a identificação: o ego assume as características do objeto. É de notar que nessas identificações, o ego às vezes copia a pessoa que não é amada e, outras, a que é. Deve também causar-nos estranheza que em ambos os casos a identificação seja parcial e extremamente limitada, tomando emprestado apenas um traço isolado da pessoa que é objeto dela.
Vale dizer, que temos aqui uma figura materna bastante poderosa que parece manter consigo o controle da situação familiar. Essa fortaleza da mãe parece ser alvo da admiração de Guillaume, como talvez a imagem de uma mãe não castrada, que tudo pode.
Nessa relação entre mãe e filho, temos uma situação que é levada a consequências graves, de aprisionamento do personagem numa relação de objeto do desejo materno ao longo de sua adolescência estendendo-se à vida adulta.
Temos então um personagem neurótico, infantilizado, cuja superação da dependência materna é extremamente tardia. Sua relação com o pai é distante e pautada pelo medo, já que existe uma recusa e até uma condenação proveniente da figura paterna frente ao modo de existir de Guillaume e de sua relação quase simbiótica com a mãe.
- O conflito interno do personagem
A mãe de Guillaume depositou no filho todo seu desejo de ter tido uma filha mulher. Quis transformá-lo numa menina, incentivando ao longo de sua infância as atitudes consideradas femininas, ainda que sem consciência plena disso.
Nesse processo, a identificação de Guillaume se deu inteiramente com a mãe, fazendo com que ele realmente quisesse adquirir todos os seus traços femininos e maneira de falar e se comportar. Guillaume acredita que é uma menina, uma moça, uma mulher e sabe que assim, ocupará o lugar do desejo materno. No entanto, trata-se de uma relação de certo modo ambígua e obscura, pois não é falada, ou seja, se dá nas entrelinhas da relação.
Quando Guillaume diz para a mãe sobre sua paixão por um rapaz do internato, que por sua vez está namorando uma garota, a mãe enuncia que “os gays também podem ser felizes” o que causa uma confusão mental para Guillaume, que se vê em situação de ‘ter’ que mudar de posição, uma vez que a mãe agora o reconhece não mais como uma menina heterossexual, mas como rapaz homossexual. Sendo assim, retomamos as palavras de Freud (1920):
Um jovem esteve inusitadamente e por longo tempo fixado em sua mãe, no sentido do complexo de Édipo. Finalmente, porém, após o término da puberdade chega a ocasião de trocar a mãe por algum objeto sexual. As coisas sofrem uma virada repentina: o jovem não abandona a mãe, mas identifica-se com ela; transforma-se e procura objetos que possam substituir o seu ego para ele, objetos aos quais possa conceder um amor e um carinho iguais aos que recebeu da mãe. (…) Uma coisa notável sobre essa identificação é sua ampla escala; ela remolda o ego em um de seus mais importantes aspectos, em seu caráter sexual, segundo o modelo do que até então constituíra o objeto.
No entanto, mais uma vez, estava Guillaume sob a égide do desejo materno, ou da fala da mãe sobre ele, depois de ouvir isso, ele ainda confuso e desajeitadamente, tenta enveredar pelo universo gay, como forma de mais uma vez atender à suposta expectativa materna, algo que por si só revela um desconforto do personagem, e talvez até uma falta de pertencimento e de desejo em relação à sua ‘nova escolha’.
No caso do nosso personagem, a diluição do complexo de Édipo se deu muito tardiamente, pois para que ocorra a devida resolução do Édipo na infância seria necessário que o sujeito vivesse o seguinte processo, como nos diz Freud (1924):
Em extensão sempre crescente, o complexo de Édipo revela sua importância como o fenômeno central do período sexual da primeira infância. Após isso, se efetua sua dissolução, ele sucumbe à regressão e é seguido pelo período de latência. Ainda não se tornou claro o que ocasiona sua destruição. As análises parecem demonstrar que é a experiência de desapontamentos penosos. Mesmo não ocorrendo nenhum acontecimento especial tal como a ausência de satisfação esperada, a negação continuada do bebê desejado, devem ao final levar o pequeno amante a voltar as costas ao seu anseio sem esperança. Assim, o complexo de Édipo se encaminha para a destruição por sua falta de sucesso e pelos efeitos de sua impossibilidade interna.
Afinal, sabemos que o superego é tolhido em sua força e crescimento, se a superação do complexo de Édipo for apenas parcial ou tardia como no caso do personagem em questão.
Se o ego não conseguiu na infância mais que apenas uma repressão do complexo de Édipo, este persistirá em estado inconsciente no id e manifestará mais tarde seu efeito patogênico. (Freud, 1924)
- A relação entre a fobia e sua libertação
A escolha do material para a fobia é semelhante nesse sentido, á escolha de elementos dos restos diurnos para compor um sonho; estes são retirados de seu cotidiano e de preferência em si mesmos indiferentes para o indivíduo, mas por uma série de associações por vezes esdrúxulas se relacionam a um material fantasmático da mais alta significação. (Garfinkel, 2001)
Ao longo da história Guillaume diz que nunca se permitiu manifestar medo, para não desapontar a mãe, que sempre o desejou forte, no entanto, apresenta fobia de cavalos, um animal que imaginariamente sugere virilidade e força (questões conturbadas na vida do protagonista, em diferentes situações da sua vida).
O personagem decide então, enfrentar essa fobia submetendo-se a um curso terapêutico de equitação, na tentativa de superar algumas dificuldades relacionadas à sua sexualidade (a ambiguidade dicotômica entre o masculino e feminino, a necessidade de corresponder aos desejos maternos e a relação com o pai autoritário).
Obteve sucesso na terapia, conseguindo se libertar da sensação de insegurança e pavor diante do animal, superar a angústia em relação a figura paterna autoritária e viril, vencer o receio de decepcionar a mãe e finalmente entrar em contato com seu próprio desejo.
Nesse sentido, a fobia parece ter se constituído um sintoma encobridor proveniente também de suas dificuldades em concluir o Édipo, o que nos leva a pensar que a fobia de Guillaume poderia também estar relacionada com o pavor da castração.
- A família
É interessante pensar que para entender a história de Guillaume, é necessário ‘escutar’ também o que sua família tem a dizer, tudo que sabemos sobre o protagonista é narrado por ele próprio, a partir do seu olhar e de um recorte específico.
Procuramos, portanto, olhar para essa família “como uma realidade de ordem simbólica, que se delimita por uma história contada aos indivíduos e por eles reafirmada e ressignificada, nos distintos momentos e lugares da vida familiar, considerando a relação da família com o mundo externo.” (Sarti, 2004)
Guillaume significava um ‘incômodo’ para seus familiares de costumes conservadores, que tantas vezes o ridicularizaram por seu jeito ‘diferente’ de ser, algo socialmente inaceitável.
Os irmãos o desprezavam e o pai demonstrava claramente sua decepção por constatar aspectos muito femininos em seu filho, que o fez inclusive confundi-lo com a mãe, devido ao tom de voz e gestualidades idênticas.
Tentou impor-lhe o gosto por esportes, buscando imprimir ‘certa masculinidade’ no garoto, enquanto a mãe numa relação estreita com Guillaume procurava lhe atribuir uma identidade feminina que de algum modo parecia corresponder aos seus desejos de ter uma filha menina.
Toda essa dinâmica familiar serviu para prolongar o drama pessoal do personagem, suas crises de identidade, suas angústias e medos. O receio enorme de decepcionar seus pais, de não corresponder às suas demandas muito diferentes entre si, sua busca incessante pelo reconhecimento familiar, parecem ter anulado o reconhecimento do seu próprio desejo e a construção de seu ideal de ego.
- A mãe
Guillaume tem visões recorrentes em que sua mãe aparece em diferentes situações vividas por ele como numa atitude de controle do seu comportamento ou ainda para influenciar suas decisões, que revela sua própria dependência da figura materna de quem parece esperar uma atitude de superproteção.
A presença imaginária da mãe, também pode funcionar como uma espécie de instância superegoica indicando o caminho a seguir, o que deveria ser feito e o que seria reprovável em cada situação, numa posição de vigilância, censura e moralidade.
Podemos dizer conforme vimos no texto de Freud (1933):
que o conteúdo dos delírios de estar sendo observado já sugere que o ato de observar é apenas uma preparação do julgar e do punir e, por conseguinte, deduzimos que outra função dessa instância deve ser o que chamamos consciência. O sujeito sente-se inclinado a fazer algo que lhe dará prazer, mas logo desiste, pois sua consciência não o admite ou faz objeções, censurando e provocando culpa e remorsos pelo ato.
Guillaume parece sobreviver na família por meio da relação de identificação que estabeleceu com a mãe, agindo como ela, desejando transmutar-se nela, procurando sua aceitação e de algum modo sua proteção frente às adversidades com as quais se depara ao longo do filme.
Sua mãe representa para Guillaume, uma figura muito forte, que de certo modo assume uma atitude fálica frente à família como um todo. Guillaume quer ser como ela, forte, poderosa, elegante, inteligente e atender desse modo o desejo materno. Ele quer ser a mulher que vê representada em sua mãe.
- A superação de Guillaume
Enquanto seus dois irmãos acompanhados de seu pai praticam esportes e atividades atléticas, Guillaume mostra-se inábil para essas atividades associadas frequentemente aos meninos e gosta mesmo de tocar piano.
Sendo assim, devido à falta de interesse de Guillaume por esportes, suas férias serão passadas numa cidade pequena e feia da Espanha, onde junto a uma família ‘normal’ aprenderá a língua espanhola que ele adora ouvir sua mãe falar.
Na Espanha entra em contato com o ambiente cultural bastante sensual do flamenco pelo qual se interessa bastante, aprendendo a dançar com as mulheres e se identificando mais uma vez, com o modo de dançar feminino, o que novamente lhe causa certo constrangimento no convívio social.
Guillaume passa a demonstrar enorme interesse e atenção às figuras femininas que encontra pelo caminho. Observa atentamente, os gestos, vestimentas e modos de falar, assim como fez durante toda a vida com sua mãe.
Guillaume descreve a mãe como uma mulher reservada, maravilhosa, mal humorada e irritadiça, ele consegue enganar a todos imitando seu tom de voz e gestos à perfeição, revelando uma identificação plena com a figura materna, onde as possíveis catexias de objeto são abandonadas e transformadas em identificação.
Seu pai se surpreende com o fato dele se comportar evidentemente como uma menina. Há um conflito entre os pais no que se refere às expectativas em relação ao filho, o pai lhe dá roupas de menino e cobra sua postura masculina.
Guillaume teme a figura paterna e procura agradar a mãe buscando artifícios que o deixe cada vez mais feminino, como por exemplo alisar os cabelos. Ele inveja e admira sua mãe, quer ser como ela!
Seu pai o flagra vestido como a imperatriz Sissi o que provoca o tumulto na família e a internação de Guillaume num colégio de meninos onde sofre discriminação e preconceito, sendo frequentemente provocado, constrangido e chamado de ‘bicha’ devido aos seus ‘modos femininos’.
Nessa instituição é identificado como sendo chorão, narcisista e ‘rainha do drama’, ou seja, um garoto frágil, dependente, medroso, inseguro que possui apenas um único amigo.
Ele é transferido então para um internato na Inglaterra, um ambiente mais aberto, onde conhece Jeremy, um rapaz bonito de quem se aproxima com ares de paixão. Lá aprende a jogar críquete, pratica remo e rúgbi além de cantar no coral, sempre no afã de agradar o novo amigo por quem se interessa e nutre esperanças de relacionar-se amorosamente com ele.
Nasce talvez sua primeira paixão. Ele decide revelar para sua mãe que Jeremy está namorando Lisa e que ele está com ciúmes (talvez agora ele quisesse ser a própria Lisa).
A mãe então reconhece, declara e de certo modo ‘aprova/autotiza’ que o filho ‘pode ser gay’, e ‘ainda assim’, ser feliz, como se ela o reconhecesse agora, não mais como uma menina, mas sim como um rapaz homossexual.
No entanto, essa atitude da mãe gera certa confusão para o personagem que ainda se vê como uma menina, heterossexual que gosta de garotos e quer continuar assim, sendo a filha que sua mãe sempre desejou.
No entanto, se ele agora é um ‘menino homossexual’ (já que está sempre sujeitado ao desejo da mãe), terá, portanto que fazer o serviço militar, embora tema muito o ambiente do exército, onde acredita que estará mais uma vez cercado por homens preconceituosos e machistas que irão discriminá-lo assim como no internato.
Sendo assim, ele dispõe de várias artimanhas (colocando-se como um homem sensível e feminino) para que o próprio exército não o admita e obtém sucesso com isso.
É nesse momento que Guillaume conhece outras mulheres, diferentes de sua mãe e começa a observá-las, apreciando seus gestos, atitudes, olhares e entonações, parece apaixonar-se por todas elas, deslocando um pouco seu desejo de ser como a mãe para o desejo de ter outras figuras femininas como escolha objetal, o que parece indicar a conjugação dos seus desejos num único objeto.
Passa por um exame de ‘aspiração intestinal’ (uma alusão ao erotismo anal) com uma linda enfermeira que provoca em Guillaume a sensação de ter sido deflorado, desvirginado o que o leva a concluir como “é difícil ser viril”.
A partir daí entra em contato mais profundo com o universo gay, primeiro ao frequentar uma boate e sair com um homem sem chegar à relação sexual, pois é expulso do local por não ser árabe, ou seja, por não fazer parte daquela comunidade.
Essa situação parece simbolizar a posição fora de lugar assumida pelo personagem durante toda a história, quando encontra dificuldades em assumir seu próprio desejo, ser aceito e fazer parte de diversos tipos de grupos sociais.
Ele é convidado para jantar na casa de uma amiga, onde se depara com várias mulheres e especialmente uma delas que lhe conquista pois a considera atraente e muito bela.
Sua amiga profere em voz alta a frase “Meninas e Guillaume venham jantar!” o que subverte a fala materna, indicando uma mudança de posição, ou seja, outra mulher diferente de sua mãe o reconhece como o homem que virá jantar com as meninas e não mais é nomeado como sua mãe sempre o fez: “Guillaume e meninos à mesa!”.
Esse fato parece marcar uma mudança de lugar para o personagem, como se nesse momento ele pudesse resolver ainda que tardiamente, sua relação com seus pais, e com isso, libertar-se do desejo materno, pelo reconhecimento de seu próprio desejo, permitindo assim que o personagem se estruture como sujeito.
Guillaume assume uma relação com a bela mulher e procura sua mãe para contar-lhe que vai estrear uma peça sobre um garoto que assume sua heterossexualidade numa família que decidiu que ele era homossexual.
O diálogo que se segue é bastante significativo, quando a mãe questiona se o garoto da peça é “completamente heterossexual?” e se a família o considerava “completamente homossexual?” e quer saber onde se encontra a “prova” de sua heterossexualidade? Guillaume responde que o fato é que agora ele se apaixonou por uma mulher, (assumindo assim, seu desejo).
Nesse momento, Guillaume conclui que o medo da mãe era que ele amasse outra mulher que não fosse ela própria, mas reconhece que é graças a ela que ele aprendeu a amar as mulheres e que amá-las não descarta seu amor pela mãe. Graças a ela, ele está aqui.
Hoje reconhece seu próprio desejo, e percebe que ele e a mãe representaram durante muito tempo o oposto disso, ela por desejar uma filha e ele por desejar se distinguir dos irmãos, colocando-se durante muitos anos no lugar de objeto do desejo materno.
O diálogo final do filme emerge como um ato falho, reforçando a ambiguidade, o olhar e o desejo conturbado da mãe em relação ao filho quando ele lhe diz: “Eu e Amandine vamos casar!” e a mãe responde seriamente: “Com quem?”
Ficha Técnica:
Eu, Mamãe e os meninos. FRA. 2014. Comédia. Direção: Guillaume Gallienne[1]. Dur. 90min.
Bibliografia
Freud, S. A Dissecção da Personalidade Psíquica (1933) In: Novas conferências Introdutórias Psicanálise. ESB. Conferência XXXI. Vol XXII. Rio de Janeiro: Imago Editora.
_______ Psicologia de Grupo e Análise do Ego (1920) In: ESB. Capítulo VII: Identificação. Vol. XVIII, Rio de Janeiro: Imago Editora.
_______ A Dissolução do Complexo de Édipo. (1924) In: ESB. Vol XIX. Rio de Janeiro: Imago Editora.
_______ A Organização Genital Infantil – Uma Interpolação na Teoria da Sexualidade (1923) In: ESB. Vol XIX. Rio de Janeiro: Imago Editora.
Garfinkel, A. C. A História Clínica do pequeno Hans: Um caso – Modelo de Fobia. In: Fobia. São Paulo: Casa do Psicólogo Editora, cap. 2, 2001.
Sarti, Cynthia Andersen. A família como Ordem Simbólica. Psicologia USP, 2004, 15(3), 11-28.
[1] Vale dizer que Guillaume Gallienne atua como protagonista, interpreta a mãe do seu personagem e também é diretor do filme que envolve conteúdos autobiográficos. É Guillaume que narra sua própria história.