Formação do Psicanalista

Formação do Psicanalista 1800 1260 Angela Biazi Freire

Como já dissemos no texto sobre a psicanálise, esta teoria foi desenvolvida por Sigmund Freud a partir de seus vastos conhecimentos sobre as ciências médicas e filosóficas, passando pelos estudos da história e das artes. Somado a isso e como ponto crucial para o desenvolvimento de seu método, Freud atuou na prática, atendendo pacientes que a medicina da época não conseguia curar. Dizemos, então, que a psicanálise é composta por um grupo de conceitos e formulações teóricas, relacionadas, intrinsecamente, com a prática clínica da escuta e do fazer.

Freud e os estudiosos que seguiram sua obra entendem que para estar preparado para atuar como um psicanalista, o profissional precisa ter um estudo aprofundado e atualizado da teoria  e, também, precisa dominar sua técnica, para garantir que seu fazer esteja pautado nos pilares da ética, do sigilo e, claro, da competência técnica para se propor a estar junto com a pessoa que está em sofrimento.

Nós, psicanalistas, defendemos nos dias atuais, que um bom profissional precisa passar pelo tripé da formação, ou seja, o estudo, a supervisão da sua prática por um profissional mais experiente e a análise pessoal. Isso contribuirá para a boa estrutura do profissional, como uma fundação bem feita na construção de uma casa. O psicanalista não tem outro mediador no seu fazer, além da própria consistência da sua formação.

A atuação do psicanalista requer uma abertura e uma disponibilidade em escutar aquilo que o próprio falante muitas vezes desconhece e que, na maioria das vezes, não faz parte do seu repertório, afinal, a pessoa humana é infinitamente múltipla e singular. É neste rigor da escuta clínica, na identificação das dúvidas, dos conflitos, das repetições, dos  “não sei”, “não percebi”, “não consegui”, “não entendi”, que podemos descobrir junto aos pacientes as respostas e as saídas para as situações de sofrimento e adoecimento.

Entendemos que o fazer clínico psicanalítico tem, acima de tudo, um compromisso ético com o bem estar do paciente, com seu autoconhecimento, compreensão e alcance de uma transformação a favor da vida saudável.

Por isso, como profissionais experientes e com larga prática clínica e acadêmica, nós do Elã, nos preocupamos em contribuir com a formação de novos analistas, oferecendo seminários, grupos de estudo, supervisão e, claro, recebendo estes para suas análises pessoais. Nos dispomos a cuidar de quem cuida e, junto deles, também nos mantermos atualizados e preparados para o exercício da clínica.